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Polo FSF em BH: a alegria de participar da realização de pequenos começos

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A expansão da Fraternidade sem Fronteiras (FSF) só é possível porque muitos corações se uniram em prol dessa causa de solidariedade. É de senso comum a afirmação de que nada do que é feito seria possível se não fossem as milhares de mãos que se unem todos os dias, para ajudar a construir um amanhã mais digno e cheio de esperança a tantos adultos e crianças ao redor do mundo, junto com a Fraternidade.

Hévila durante o III Encontro

Quer um exemplo mais claro da força da união de voluntários e padrinhos? O polo da FSF em Belo Horizonte/MG. O local que atenderá crianças com microcefalia, em parceria com o Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto – Ipesq, e com Epidermólise Bolhosa, em parceria com a ONG Jardim das Borboletas, foi idealizado e está sendo implementada por mais de 30 voluntários envolvidos na coordenação, fora os outros 394 que já se disponibilizaram.

Hévila Corrêa é uma delas. Conheceu a Fraternidade durante uma palestra de um dos coordenadores, também voluntário, Andrei Moreira, e se encantou. “Pedi ao Andrei para participar e ajudar no III Encontro Fraternidade sem Fronteiras e durante todo esse tempo de trabalho fui me apaixonando pela causa. Hoje já faz parte da minha vida”, conta ela.

Voluntários durante o III Encontro

Segundo Hévila, a ideia do polo em BH surgiu justamente dessa força dos voluntários percebida durante o III Encontro. “Criou-se um grupo de trabalho muito forte, coeso, com capacidade de tocar novos projetos”, conta ela, que continua, “diante da necessidade crescente de crianças tanto com Microcefalia quanto com Epidermólise Bolhosa – na região de Minas Gerais… E como já tínhamos um espaço que poderia ser aproveitado na Casa Porto Esperança, decidimos começar um trabalho, que foi do coração.”

Gabi em Moçambique

 A Casa Porto Esperança é um espaço que já funciona acolhendo mães e crianças que vem de fora, fazer tratamento de saúde em Belo Horizonte/MG, e não têm onde ficar. O local é da Gabriela Abreu, uma fisioterapeuta que conheceu a causa da FSF em julho de 2018. Depois de participar de uma caravana para Moçambique, Gabriela estreitou laços com a Fraternidade também através do Andrei Moreira e depois do III Encontro foi convidada para coordenar o polo na área médica.   

Assim que aceitou o convite, a fisioterapeuta viajou para Campina Grande, na Paraíba, para acompanhar o dia a dia do Ipesq e aprender cada detalhe do funcionamento e do tratamento coordenado pela Dra. Adriana Melo. “O Ipesq tem uma visibilidade muito grande no nordeste, e a procura por tratamento lá é enorme. Por uma questão de espaço e de pessoas, a Dra. Adriana estava tendo que recusar novas crianças”, conta Gabriela, que continua, “por isso a importância em expandir o Ipesq para um estado como Minas Gerais que tem 111 casos confirmados de microcefalia por zika vírus em crianças que ainda não estão em tratamento”.

Gabriela no Ipesq

O espaço que será usado para o tratamento fisioterápico das crianças é a garagem da Casa Porto Esperança. “Embaixo da casa tem uma garagem com o espaço bem grande que nós iremos reformar para ser usado como clínica de fisioterapia”, conta Gabriela, que acrescenta, “e a casa que já abriga famílias, irá também abrigar as mães e as crianças que vierem para se tratarem”.

Casa Porto Esperança

O polo da FSF em Belo Horizonte/MG também atenderá crianças com Epidermólise Bolhosa (EB), com o intuito de auxiliar com medicamentos e moradia. “Muitas crianças que sofrem com EB precisam de cirurgias específicas e é na parte de apoio a moradia, alimentação e pomadas que ajudaremos”, explica Gabriela. Um curativo próprio para as crianças custa em média R$ 2500 e tem a duração de apenas um dia.  

Hoje, o projeto do polo conta com voluntários de várias áreas como médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e muito mais. Muita coisa ainda está sendo estruturada e com pequenos passos, o espaço vai ganhando forma. Inicialmente todos os profissionais que trabalharão no local serão voluntários.

Já o processo para selecionar as crianças que serão atendidas inicialmente está sendo feito via grupos do Ipesq na internet. “A quantidade de crianças que vamos atender vai depender muito da nossa estrutura e do quanto de apoio que iremos conseguir. Inicialmente vamos começar pequeno, mas com muito amor”, conta Gabriela.

Segundo as coordenadoras, o sentimento impresso neste novo passo de amor é o de gratidão e honra em poder contribuir, nem que seja um pouco, com todo esse movimento. “É muito difícil colocar em palavras esse sentimento. Estamos todos transbordando amor, afinal esse é um trabalho em conjunto, onde muitos corações estão conectados. Esse projeto é nosso (FSF) para as crianças e seus familiares, para acalentar um pouco cada coração e ajudá-los a ter uma melhor qualidade de vida”, declara Hévila.

“Eu me sinto honrada de fazer parte de tudo isso. Sou motivada a continuar quando vejo as pequenas conquistas serem comemoradas com todo o coração”, fala Gabriela, que conclui, “ver o desenvolvimento delas é demais. Muitas das vezes as mães só querem que seus filhos consigam sentar para comer a papinha e quando isso acontece é como ver a realização de um sonho”.

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